A mancha-alvo, causada pelo fungo Corynespora cassiicola, segue sendo uma das principais preocupações para os produtores de soja e algodão no Brasil. Matéria publicada no mês de julho pela AgroAnalysis, da Fundação Getlio Vargas (FGV), destaca que a agressividade da doença e a sua variabilidade genética tornam o controle um desafio constante, impactando negativamente a produtividade e a qualidade das lavouras.
Evento realizado recentemente por representantes das entidades de produtores na Estação Experimental da Staphyt, em Formosa-GO, destacou a importância de estratégias integradas no combate à mancha-alvo. Pesquisadores, técnicos do Governo e especialistas reuniram-se para discutir os avanços no manejo da doença, observando os sistemas nas plantas e avaliando a eficácia de diferentes fungicidas. A troca de informações durante o evento sublinhou a necessidade de uma abordagem colaborativa para enfrentar os desafios fitossanitários.
Ainda de acordo com a matéria da AgroAnalysis, Edivandro Seron, consultor da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), ressaltou a seriedade do problema apontando que quase todo o algodão exportado pelo Brasil é produzido por associados da entidade, o que aumenta a relevância do enfrentamento eficaz de doenças como a mancha-alvo.
Já Sergio Abud, pesquisador da Embrapa Cerrados, enfatizou que o manejo da mancha-alvo não pode depender exclusivamente de fungicidas. A integração de diferentes práticas, como a escolha de variedades resistentes, o ajuste das datas de plantio e o manejo adequado dos resíduos culturais, é essencial para maximizar a eficácia do controle. Ele destacou a importância do manejo fitossanitário integrado e do manejo integrado de pragas (MIP) para reduzir perdas de produtividade.
Além do enfoque nos cuidados com o manejo, há a preocupação com as cultivares, como explica Leonardo Minaré, assessor técnico da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), apontando que a sensibilidade crescente das cultivares à doença está aumentando os custos
para os agricultores. A sobrevivência do fungo no solo e em restos culturais por mais de uma safra intensifica a necessidade de soluções duradouras e eficazes.
Todo esse processo é visível na Estação Experimental da Staphyt. Nédio Tormen, pesquisador da Staphyt, demonstrou os ciclos da doença e os danos severos que podem ser causados nas lavouras. Ele destacou a eficácia de novas combinações de fungicidas no controle do complexo de manchas, reforçando a importância de pesquisas contínuas para encontrar soluções inovadoras.
“Não existe uma solução única; é preciso planejar com o olhar voltado para todo o ciclo. A consultoria Blink Projetos Estratégicos abordou as megatendências no campo, destacando os desafios das principais doenças nos cultivos de soja e algodão, enfatizando a necessidade de soluções integradas e de longo prazo, considerando a escassez de novas moléculas
e o tempo de investimento”, frisa a matéria da AgroAnalysis.
De acordo com a Blink, as estimativas são de que a mancha-alvo vai liderar em severidade e dano nos próximos dez anos. Assim, é evidente que o enfrentamento desse desafio exigirá esforços coordenados e uma abordagem multifacetada para garantir a segurança e a sustentabilidade da produção agrícola no Brasil.
SCUDEIRO NORTOX
Em 2023, a Nortox lançou uma mistura exclusiva com ação comprovada contra a mancha-alvo. Combinação dos dois melhores princípios ativos – Protioconazol e Tebuconazol – o Scudeiro Nortox garantiu controle da ferrugem asiática e mostrou excelente performance no controle de outras doenças da soja, como a mancha-alvo. “Desenvolvido em 27 instituições de pesquisa do Brasil e nos Ensaios Cooperativos, o Scudeiro comprovou a eficiência no controle de doenças como mancha-alvo e ferrugem-asiática, assegurando a produtividade e seletivo a cultura da soja”, afirma Thiago Polles, Líder de Desenvolvimento de Mercado da Nortox.