Chegou a época de colher algodão na região de Itapetininga (SP), mas o clima atrapalhou e afetou a produtividade, principalmente nas áreas não irrigadas. As lavouras dão sinais quando a colheita está perto de começar. Em uma plantação de Paranapanema (SP), foram aproximadamente 180 dias de muito trabalho e espera até o branco do algodão tomar conta de tudo.
A colheita no local começa por volta das 10h, pois é quando o solo está seco e a umidade não irá atrapalhar. São cerca de oito horas seguidas de trabalho por dia.
A plantação ocupa 370 hectares no município. A safra não vai ser como o agricultor planejava, pois a produtividade será menor, segundo projeção. Ele calcula colher 270 arrobas de algodão em caroço – o equivalente a 15 quilos – por hectare, o que significa quase 30% a menos do que em 2023.
Alguns produtores dizem que a falta de chuva afetou a produtividade do algodão neste ano na região de Itapetininga. Em algumas propriedades, o prejuízo já está sendo calculado.
Nem o sistema de irrigação que foi instalado na propriedade de Paranapanema tem sido suficiente para resolver o problema causado pela irregularidade de chuvas.
No entanto, segundo o produtor, mesmo com a mudança no cronograma, a qualidade do algodão não é afetada. Sendo assim, o que foi colhido vai direto para a beneficiadora.
Em 2023, a arroba do algodão em pluma chegou a ser vendida no mercado por R$ 173,60. Nesta safra, o valor não deve passar de R$ 129,74.
Em outra fazenda, no município de Taquarituba (SP), a colheita deve ir até o mês de junho. A lavoura conta com 600 hectares, e quase todo plantio é irrigado, o que reduziu o impacto da estiagem. A produção deve ser a mesma de 2023, ficando em torno de 360 arrobas em caroço por hectare. (G1)